SUA MAJESTADE O CHAMPANHE !
Vinho espumante produzido na Região de Champanhe, França.
Fotos: @ Gladstone Campos
Só pode ser denominado de Champanhe o vinho desta região específica da França.
Qualquer outro vinho semelhante é genericamente denominado de Espumante.
O Champanhe geralmente é produzido por uvas Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay.
É normal o vinho começar a borbulhar quando prensado, mas as condições de clima frio da Região da Champanhe, durante o inverno provoca um processo de “adormecimento” nas leveduras do vinho que voltam reativados na primavera, isto é que favorece a formação de gás dentro das garrafas deste vinho, o que lhe confere características muito especiais com suas bolhinhas efervescentes.
Ao longo da história deste deslumbrante vinho muita técnica se desenvolveu e uma enorme evolução no seu paladar.
Dom Perignon, monge que cuidava dos vinhedos da Abadia de Hautvilliers na região, lutou muito com a produção de seus vinhos: sua idéia era eliminar a bolhas do vinho. Seu mérito está no aprimoramento e qualidade dos vinhedos, resultando num vinho de melhor qualidade.
O ministro do Interior de Napoleão, Jean-Antoine Chaptal escreveu um tratado sobre fabricação de vinho, descrevendo que se poderia aumentar o teor alcoólico de vinhos acrescentado açúcar, este processo é conhecido como Chaptalização.
Para o Champanhe foi fundamental esta técnica, pois muitas vezes as uvas não amadureciam o suficiente por questões climáticas e o vinho não atingia seu equilíbrio alcoólico e de acidez moderada.
A viúva Clicquot desenvolveu o método Champenoise, que consiste em virar a garrafa do vinho em determinada inclinação e voltas até que todas as impurezas nela contidas fiquem no início do gargalo da garrafa e seja retirado antes da colocação da rolha final.
Isto resultou num vinho límpido, sem impurezas e de agradável visual.
Madame Pommery desenvolveu o Champanhe Brut ou seco, mais ao agrado do paladar inglês.
Até então o Champanhe era um vinho de alto teor de açúcar, chegando a 200 g de açúcar residual por garrafa, ao gosto russo predominantemente.
Imaginem um vinho de sobremesa que é muito doce como o Chateau d’Yquem tem nos grandes anos apenas 150 g de açúcar residual por garrafa!
Mas existe uma unanimidade quanto ao Champanhe: é definitivamente a bebida mais cobiçada ao longo da história, sempre associada a comemorações e mundo sofisticado!
Pitacos:
Champanhe pode ser servido durante toda a refeição, como aperitivo, ou mesmo na sobremesa para o brinde final.
VOCABULÁRIO DE BACO:
O Champanhe: é quando se refere ao vinho.
A Champanhe: é quando se refere à região onde o vinho é produzido.
Taça para champanhe: a correta é a Flute, que prolonga o efeito efervescente das bolhas.